quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Sociedade Alternativa

Arte Urbana, também conhecida como urbanografia ou street art, é a expressão que se refere a manifestações artísticas que se desenvolve no espaço público, distinguindo-se da manifestações de caráter institucional ou empresarial, bem como do mero vandalismo. Esta arte se manifesta em vários aspectos e é representada por artistas de todas as idades. Confira um pouco do que pode ser encontrado pelas ruas.


quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Lata 65: Grafite para os idosos

Quem disse que arte urbana é apenas para jovens está equivocado. Os responsáveis pelo Wool- Festival de Arte Urbana da Covilhã, perceberam que os mais velhos também tem interesse nas intervenções urbanas. Diante desse interesse os dirigentes do Wool juntou-se com o Coworklisboa  e resolveram inserir os idosos no universo do graffiti.

Assim surgiu o Lata65, com o objetivo de aproximar os menos jovens a uma forma de expressão geralmente associada aos mais novos, e provar que envelhecimento ativo, solidariedade e aprendizado entre gerações faz cada vez mais sentido. 

A primeira edição do workshop durou 5 dias, e abordou uma contextualização história de arte urbana e suas manifestações. Em outra etapa, os organizadores pediram aos idosos que criassem uma tag e logo após um projeto a respeito do tag escolhido – através de texto, desenhos e colagens.

O ensino das técnicas, desde o spray, stencil, marcador até o vídeo, foram abordados nos dias posteriores  em um ambiente descontraído e alegre.

Segundo o Wool, os resultados ultrapassaram as expectativas e provaram que é possível o diálogo de gerações como forma de apresentar novas atividades e arte contemporânea dita dos mais jovens aos idosos, consequentemente lhes proporcionando uma quebra da rotina, gerando qualidade, jovialidade e bem estar nas suas vidas.

Assista um pouco do projeto:  http://vimeo.com/76711510

O site conexaocultural.org entrevistou o pessoal do projeto Lata 65 e perguntaram como conectar mais os idosos como os espaços/eventos culturais? 

Lata 65: Creio que posso afirmar, que a melhor forma de conectar esta é através de atividades fora do comum, do que eles estão habituados. O primeiro projeto em que estive envolvida era com croché, em que desafiávamos novos designers a desenhar peças de roupa que seriam depois feitas por idosos. Tivemos imensa dificuldade em arranjar velhinhas/os interessados, diziam que não tinham interesse porque aquilo eles já faziam para os netinhos.

Com o Lata 65 aquilo que pude observar foi completamente diferente! Todos os dias chegavam ao workshop super motivados, pedindo para pintar mais paredes e a fazer mil perguntas sobre o que viam na rua ou como um determinado artista pintava isto ou aquilo, diria que eram autênticas crianças a aprender algo novo. O que creio que explica isto, é o fato de lhes estarmos a passar nova informação, a estimulá-los a aprender algo novo e principalmente, ‘este algo novo’ estar associado a uma população jovem. 

Nós os colocamos a fazer algo que (supostamente) só os jovens fazem! Creio que esta é a fórmula chave para atrair os idosos a todo o tipo de eventos e espaços culturais. Eles passam os dias ouvindo e sentindo que já nada têm para aprender e que só sabem fazer mais do mesmo e infelizmente, atualmente, se vive numa sociedade que também lhes passa a mensagem (completamente errada) que nada tem a aprender com eles.

Existem mil coisas que os mais idosos não conhecem, todos os dias surgem novos projetos, novos artistas e esta informação tem de ser passada a todos. Uma exposição ou evento que é apresentado/desenhado para uma população entre os 18 e os 50 e que organiza visitas especiais para crianças, porque não organiza também para idosos?
Para vocês qual é o poder da cultura? 
O poder da cultura?! A cultura é tudo!! E estranha-me como tantos e tantos países e tantas pessoas ainda não perceberam isto e se investe tão pouco nela, e cada vez menos. Para mim, cultura, lida no seu sentido mais amplo, enquanto educação e formação cultural e social é a única base possível para o crescimento e sustentabilidade de um país, de uma sociedade, de um planeta!

Fotos da fanpage do Lata65. 

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Centro Histórico com vida nos finais de semana

Com a chegada do verão as pessoas tendem a sair mais de casa para curti o sol e encontrar os amigos. Em Florianópolis um projeto vem chamando a atenção dos andantes no centro da cidade. Aos sábados entra em ação o Projeto Viva a Cidade.

O Projeto Viva a Cidade vem com o intuito de movimentar o Centro Histórico da cidade e estimular o uso dos espaços pela população. A iniciativa é inédita e teve grande receptividade dos comerciantes como os bares Gato Mamado (Rua Saldanha Marinho), a Kibelândia (Rua Victor Meirelles) e os bares da Travessa Ratclif, tradicionais pontos culturais e sociais do Centro.

Já ocorreram muitas atrações, como o Corredor de Artes, na Rua Victor Meirelles, a Feira de Artes e Usados que abrange o trecho entre as Praças XV de Novembro e Fernando Machado, as Ruas Antônio Luz, Nunes Machado, João Pinto e a Travessa Ratcliff, atividades de artesanato, sebos, brechós, lojas de móveis usados e antiquários, todas estas atividades trazem movimento ao Centro Histórico de Florianópolis.

Mapa da 1ª Feira de Artes e Usados.
Fonte:PMF

Participam da iniciativa as Secretarias Municipais de Cultura; Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano/IPUF/Floram; Mobilidade Urbana; Turismo; Saúde; Igeof; Secretaria Executiva de Serviços Públicos; Guarda Municipal e Vigilância Sanitária, entre outros órgãos municipais. Também apoiam as atividades os lojistas da região, além das Polícias Civil e Militar.

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Relembrar para prosseguir

Antes de darmos prosseguimento às propostas feitas na reapresentação do blog, vamos relembrar alguns índices coletados até o momento.

Durante os três meses que fomos às ruas a procura de entrevistados, nos deparamos com os mais diversos personagens, em plena atividade. Foram 28 fontes, destes cinco eram especialistas, (representantes de órgãos públicos, advogados, etc) e 23 artistas. A partir desta amostragem estabelecemos alguns parâmetros de acordo com os entrevistados que conhecemos.



Quanto a nacionalidade, a maioria era brasileiro (14). Além disso, nos deparamos com alguns latino-americanos: três uruguaios, quatro chilenos e dois argentinos. Desmentindo o senso-comum de que a maioria dos artistas nas ruas de Florianópolis são estrangeiros. Destes, apesar de nascidos em outros estados ou países, 18 residem na Capital. Os demais cinco artistas eram itinerantes e estavam apenas de passagem. 

Neste período nos deparamos apenas com uma mulher trabalhando sozinha na rua, as demais mulheres com quem conversamos eram casadas, ou namoradas, e estavam amparadas pelo companheiro, totalizando três casais. Nos demais casos, eram homens desacompanhados (19).

A faixa etária média era de 18 a 50 anos, e a média salarial seria de R$ 2.013 (de acordo com o cálculo criado por nós: Valor recebido por hora x 6h de trabalho = R$/ao dia x 30 dias = salário).


Estes dados nos dão um panorama do cenário vivenciado por nós nas ruas da cidade, que pode servir de base para sinalizarmos as mudanças que ocorrerem ou não, nas nossas próximas buscas.

Reapresentação do Blog



Como muitos dos artistas que entrevistamos e compartilhamos aqui neste blog, decidimos nos readaptar ao ambiente em que nos apresentamos. O público gostou, aplaudiu, pediu bis. E, a pedido de muitos e a desejo de nós mesmas, decidimos retomar as postagens, adaptar-se as novas realidades, nos reinventar e expandir os horizontes.
Até o presente momento éramos um projeto de conclusão de curso, de duas acadêmicas, sem muitas pretensões além do âmbito universitário.Isto nos motivou a iniciar este blog, mas também nos limitava a recortes e posturas editoriais vinculadas a proposta da unidade curricular. Agora, fora das paredes mentais da faculdade podemos tomar rumos mais abrangentes e mais apropriados àvoz do nosso público.

Sendo assim, Florianópolis continuará a ser o foco das nossas postagens, porém não nos limitaremos a isso. Traremos exemplos de outros locais que podem ser adaptados à cidade e situações em que nos diferenciamos no cenário nacional. Também nos colocaremos como pessoas críticas, à postura da imprensa local, ao espaço dado ou não aos artistas locais e as políticas públicas que permeiam este espaço. 



Queremos trazer novos conteúdos, como agendas culturais, programações gratuitas, apresentações ao ar livre, toda e qualquer expressão cultural que se apresente nas ruas da nossa cidade.Outra novidade, é que a partir de então teremos mais espaço para o público. Você, que é o personagem mais importante de qualquer espetáculo, poderá sugerir pautas, enviar vídeos, fotos, conteúdos, enfim, você terá espaço no nosso palco urbano para apresentar sua opinião aqui e nas nossas redes sociais.

Sejam todos novamente bem-vindos ao ArtesUrbanas.com.